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Solução Nota 10

8 Jeitos de Mudar o Mundo


Introdução à Biologia
Introdução à Biologia

 

1 - O QUE É BIOLOGIA

 

Biologia é a ciência que estuda os seres vivos e suas manifestações vitais, estuda todos os aspectos ou características dos seres vivos como= composição química, reprodução, evolução, metabolismo, organização celular, movimento e crescimento.

 

O termo Biologia significa - bio=vida logo=estudo, ou seja, estudo da vida.

 

Muitos biólogos também se ocuparam em entender o crescimento das plantas e a proliferação dos animais. Também se ocuparam em classificar os seres vivos. Com o tempo chegaram à conclusão de que os seres podiam ser divididos em dois grupos:

 

» Botânica= que estuda as plantas

» Zoologia= que estuda os animais

 

Logo, com o desenvolvimento do microscópio a biologia foi impulsionada para um avanço rápido e estonteante, que se estende até aos nossos dias.

 

A origem da vida

 

De muitas explicações surgiu a Teoria da geração espontânea ou Teoria da abiogênese. De acordo com essa teoria os seres vivos se formariam através da matéria bruta do meio. Por exemplo = na Índia, Babilônia e Egito ensinavam que as rãs, crocodilos e cobras eram gerados pelo lodo dos rios.

 

Redi, Spallanzani, e Pasteur iniciaram seus experimentos e provaram que um ser vivo só se origina de outro ser vivo. Esta é então a atualmente aceita Teoria da biogênese.

 





 

2 - CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS SERES VIVOS

 

2.1 - COMPOSIÇÃO DA CELULA

Substâncias Orgânicas

Proteínas: presentes em todas as estruturas celulares. São formadas por aminoácidos e sua presença é indispensável para o metabolismo do organismo. As proteínas formam as enzimas.

Vitaminas: podem ser hidrossolúveis (solúveis em água) ou lipossolúveis (solúveis em lipídeos). São necessárias em pequenas quantidades pelo organismo, sua falta pode causar doenças. As vitaminas são adquiridas por meio de uma alimentação variada.

Carboidratos ou Glicídios ou Açúcares: são fundamentais, pois dão energia às células e ao organismo. São de três tipos: monossacarídeos, dissacarídeos e polissacarídeos. Alguns têm função estrutural, como celulose e quitina; e de reserva, como o amido e glicogênio.

Lipídios: insolúveis em água, atuam como reserva de energia, isolante térmico etc. São classificados em glicerídeos, ceras, esteroides, fosfolipídios e carotenoides. Compõem estruturas celulares.

 

Substâncias inorgânicas

Sais minerais: (Cálcio, Fósforo, Sódio, Flúor, etc) formados por íons. Algumas de suas funções são: formar o esqueleto, participar da coagulação sanguínea, transmissão de impulsos nervosos. Sua falta pode afetar o metabolismo e levar à morte.

Água: substância encontrada em maior quantidade nos seres vivos. Pode dissolver diversas substâncias, por isso é classificada como solvente universal. No corpo humano representa cerca de 70% do peso corporal. Participa de inúmeras reações químicas em nosso organismo. A água é fundamental para a vida!

 

2.2 – ORGANIZAÇÃO CELULAR

 

Unicelulares - Seres que tem apenas uma célula

EX: Ameba, bacterias

 

Pluricelulares (multicelulares) - Seres que tem mais de uma célula.

EX: Homem, vertebrados, plantas, invertebrados

Acelulares - Seres que não possuem célula

EX: Vírus



2.3 - EUCARIONTES E PROCARIONTES



2.3.1 - CÉLULA PROCARIÓTICA

 

Os indivíduos constituídos de células procarióticas são denominados procariontes e todos eles são unicelulares. A organização celular dos procariontes é bem simples, apresentando citoplasma, nucleóide, parede celular e membrana plasmática. Nesse tipo de célula, não existem muitas organelas (apenas ribossomos) nem endomembranas.     

As células procarióticas são desprovidas de membrana nuclear (carioteca), tendo, por consequência, o material genético espalhado no citoplasma, sem nenhum tipo de diferenciação. Os principais exemplos de seres procariontes são as bactérias.

 



2.3.2 - CÉLULA EUCARIÓTICA

 

Os indivíduos constituídos de células eucarióticas são denominados eucariontes. Os seres eucariontes apresentam uma organização complexa, possuindo endomembranas e diversas organelas citoplasmáticas (retículo endoplasmático, plastos, complexo golgiense, centríolos, mitocôndrias, ribossomos, etc.).

Cada uma dessas organelas apresenta características específicas. O núcleo dos eucariontes é diferenciado, uma vez que é envolto por uma membrana nuclear (carioteca). No citoplasma dos eucariontes, além de várias organelas, encontram-se também substâncias como nucleotídeos, lipídios, glicogênio e proteínas. Classificam-se como seres eucariontes algas, fungos, animais, vegetais e protozoários.

 


OS EXPERIMENTOS DE REDI

 

O médico, biólogo e cientista italiano Francesco Redi (1626-1697) estava convencido de que a vida não surgia espontaneamente. Para provar isso fez o que chamamos de experiência controlada.

 

Em frascos, Redi, colocou pedaços de carne, alguns frascos foram vedados com gaze, outros não. Nos frascos abertos onde moscas entravam e saíam livremente surgiam muitas larvas provenientes de ovos depositados ali. Nos frascos fechados com gaze, onde as moscas não entravam, não apareceu nenhuma larva mesmo depois de muitos dias.

 

Redi demonstrou com tal experimento que as larvas presentes na carne putrefata se desenvolvem a partir de ovos de moscas depositadas ali, e não pela transformação da carne, como propunha a abiogênese.

 

NEEDHAN X SPALLANZANI


CLIQUE NA IMAGEM PARA SER DIRECIONADO AO EXPERIMENTO

 

Em meados do século XVII, o holandês Antonie van Leeuwenhoek com um microscópio descobriu o mundo dos microorganismos, os micróbios. Os abiogenitas acreditaram ainda mais na sua tese, afirmando que seres tão pequenos não se reproduzia e sim surgiam espontaneamente.

 

O cientista inglês John Needham (1713-1481) realizou seus experimentos para provar que os micróbios surgiam de geração espontânea. Diversos frascos  contendo um caldo nutritivo foram submetidos à fervura por 30 minutos. Depois Needham lacrava os frascos com rolhas e os deixava por repouso por alguns dias. Depois desse repouso ele examinou o caldo com a ajuda de um microscópio e notou a presença de microorganismos.

 

A explicação dada foi que a fervura tinha matado todos os seres eventualmente presentes no caldo e nenhum microorganismo poderia entrar no frasco após de ter sido lacrado com rolhas. Portanto, só havia uma explicação! Os microorganismos surgiram por geração espontânea ou abiogênese.

 

Após alguns anos o padre e pesquisador italiano Lazzaro Spallanzani (1729-1799) repetiu os experimentos de Needham com  algumas modificações. Spallanzani colocou caldo nutritivo em balões de vidro e fechou-os hermeticamente esses balões eram então colocados em caldeirões e fervidos por cerca de uma hora. Dias depois ele examinou os caldos e obteve resultados completamente diferentes aos de Needham = o caldo estava livre de microorganismos.

 

Spallanzani explicou que Needham submeteu a solução à fervura por um tempo curto de mais para esterilizar o caldo. Needham respondeu às críticas afirmando que o tempo longo usado pelo cientista destruía a força vital ou princípio ativo que dava vida à matéria, e ainda tornava o ar desfavorável ao aparecimento da vida.

 

Em fins do século XVII pôde-se entender porque o ar se tornava desfavorável ao aparecimento da vida. Descobriu-se que o oxigênio é essencial à vida. Segundo abiogenistas o aquecimento prolongado e a vedação hermética excluíam o oxigênio tornando impossível a sobrevivência de qualquer forma de vida.

 

A polêmica abiogênese X biogênese continuou existindo até cerca de 1860, quando a abiogênese sofreu seu golpe final.

 

PASTEUR DERRUBA A ABIOGÊNESE

 

Foi por volta de 1860 que um grande cientista francês conseguiu provar definitivamente que seres vivos só podem se originar de outros seres vivos. Louis Pasteur (1822-1895) preparou um caldo de carne – excelente meio de cultura para micróbios – colocou então, esse caldo em um frasco com pescoço de cisne e submeteu o líquido contido dentro desse frasco à fervura para a esterelização. Após a fervura a medida que o líquido resfriava, gotículas de água se acumulavam no pescoço do frasco agindo como uma espécie de filtro retendo os micróbios contidos no ar que penetrava no balão, impedindo a contaminação do caldo.

 

Esse experimento mostrou que não era a falta de ar fresco que impedia a formação de microorganismos no caldo. Pateur provou também que não havia nenhuma ‘’ força vital’’ que era destruída após a fervura, pois se aquele mesmo caldo esterilizado fosse submetido ao ar sem a filtragem que o balão pescoço de cisne proporcionava, surgiriam sim microorganismos que advinham de contaminação.

 

Com esse espetacular experimento Pasteur recebeu um prêmio compensador da Academia Francesa de Ciências e derrubou de uma vez por todas a hipótese da geração espontânea ou abiogênese.