Conteúdo Desenvolvido por Petronio Moura

Professor de Biologia e Ciências

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      A utilização dos recursos tecnológicos na educação é um caminho sem volta, às vezes se leva muito tempo para dominá-lo. Algumas escolas têm equipamentos e meios adequados, mas não sabem como utilizá-los. Para se ter habilidade no uso dessas tecnologias é preciso dispor de algum tempo, o problema é que não dispomos desse tempo para aprender, e se aprendemos, nesse período de tempo, novas tecnologias serão desenvolvidas.

      Os professores imigrantes digitais foram criados com medo da tecnologia, ouvindo coisas do tipo “não mexe no botão da TV” “tira a mão desse controle”, “não toque no computador”.

      Já os docentes nativos digitais têm mais facilidades com essas novas tecnologias e não ficam à margem dela, muito pelo contrário, se identificam muito bem. E nossos alunos? Vão ficar à margem dessa tecnologia? A resposta é não, uma vez que eles dominam as tecnologias, já nasceram em contato e estimulados a usá-las.

      Com esse cenário se exige do professor uma constante preparação e atualização para ser um mediador do aprendizado do aluno, utilizando dessas novas tecnologias em favor de uma maior atratividade e dinamismo nas práticas pedagógicas, ampliando horizontes dos educandos, acenando para as novas possibilidades pedagógicas.

      A imensa revolução causada pelas novas tecnologias educacionais é permitir uma educação massificada, existindo uma grande quantidade de informação, e acessível a todos.

      Nessa perspectiva não vamos chegar às salas de aula virtuais? Ora, elas já existem. São tecnologias interessantes, muitas vezes animadas, intuitiva e interativas, mas não poderão jamais, substituir o conhecimento do professor.

      O que está acontecendo, e nós não estamos notando, é que ensinar não tem mais como uma base de informação o livro em papel, prioritariamente. Hoje eles podem ser digitais, em áudio, mídias com animações atrativas e melhores explicados e até mesmo fazerem referências a sites com conteúdo voltados a temas específicos de cada disciplina.

      O papel ainda é a forma mais fácil de acesso ao conhecimento, às aulas expositivas, aos trabalhos de laboratórios, as pesquisas de campo, as consultas à Internet são recursos complementares, que devem ser utilizados de maneira integrada e inteligente. Exatamente o oposto do que faz a educação convencional, que desperdiça o mais precioso de todos os recursos, o professor fazendo dele mero fornecedor de informações, quando deveria ser um organizador de situações de aprendizagem.

      O professor não deve pensar que irá perder seu emprego por conta da informática, ele deve utilizá-la como instrumento para melhorar a qualidade do seu ensino, e mostrar ao aluno para que serve o conhecimento. Ele precisa enxergar-se como uma parte do processo de ensino/aprendizado, o mais importante.